E agora, Game Freak? O que pensar de você?
É inegável que as últimas 3 gerações de consoles da Nintendo consagraram os jogos de Pokémon como o maior divisor de opiniões dentro da comunidade de amantes dos monstrinhos.
Enquanto Pokémon Legends Arceus quebrou a tradição e trouxe uma aventura épica que abriu mão de recursos valiosíssimos como os próprios ginásios para contar a sua história de uma forma totalmente nova, em Pokémon Scarlet temos uma sensação um tanto quanto esquisita de “volta à normalidade”, longe do sentido pejorativo que ultimamente essa frase tem carregado quando falamos de Pokémon.
Não precisamos ir muito longe para lembrar que a série sempre girou em torno do espectro de uma escolha importante, um grande desafio, rivalidade e colecionismo. Trazendo essas condições e uma jogabilidade em formato de RPG por turno, Pokémon se estabelece por mais de 20 anos como uma das franquias mais importantes da história dos videogames, mas isso não significa nem um pouco que os trabalhos realizados ultimamente pela Game Freak chegam perto da excelência.
Afinal, como Pokémon Scarlet se afirma diante de um passado de glória e uma atualidade que aparenta ser tão defasada e incompleta? Existe espaço para essa sequência se destacar como um bom título? Puxe uma cadeira, passe um bom café e vem comigo que estes serão os principais temas a serem discutidos na análise sem spoilers de hoje.
Uma nova perspectiva
Em Pokémon Scarlet, temos quase todos os elementos base da franquia estabelecidos (escolha importante, grande desafio, rivalidade e colecionismo), mas remanejados para que o jogador tenha a sensação autêntica de liberdade na hora de conquistar os seus objetivos.
Compondo 3 rotas diferentes e um epílogo que transforma a experiência em horas indefinidas de jogo, o novo título traz ainda mais significado para o jogador ao inseri-lo em uma jornada em busca do seu próprio “Tesouro”: um termo substrato e empírico no qual a definição cabe somente a cada um dos treinadores Pokémon significá-lo. Isso, por si só, já é capaz de transformar o título em uma menção honrosa entre os seus predecessores, mas Pokémon Scarlet é responsável por entregar muito mais do que apenas uma história com aspectos subjetivos.
Talvez estejamos diante da campanha mais bem escrita de toda a franquia, capaz de cumprir com todas as promessas anteriores ao seu lançamento, superar todas as expectativas e entregar muito mais do que a “normalidade” de Pokémon, quando nos possibilita percorrer livremente por suas rotas de desenvolvimento.
Seus diversos problemas técnicos estão ali e devem ser apontados, pois são frutos de um corporativismo maligno e uma agenda conturbada que tende a sucatear Pokémon ainda mais com o passar do tempo. Entretanto, o maior dos problemas técnicos não parece chegar nem perto de causar um impacto negativo no propósito para o qual Pokémon Scarlet foi criado.
O desenvolvimento da narrativa e o desfecho da história principal é gratificante e emociona diante de tanto carinho. Senti como se a cada novo objetivo completado o jogo me suplicasse para ignorar as ocasionais falhas visuais a fim de aproveitar tudo o que seu enredo tinha para me entregar, e valeu a pena cada segundo!
Enredo
O roteiro se inicia com uma visita do Diretor Clavell na casa do seu personagem, que rapidamente introduz algumas informações sobre o continente de Paldea, profundamente inspirado na Península Ibérica, e também sobre o início do ano letivo na Naranja Academy: uma escola onde todos os alunos são mestres Pokémon em desenvolvimento técnico e prático acerca dos monstrinhos de bolso.
Como parte do protocolo (e como sempre), é necessário escolher um dentre os três Pokémon iniciais, que dessa vez são disponibilizados pelo Diretor. O formato dessa cena, que foi ligeiramente explorado em Legends Arceus e Pokémon Let’s Go, tem um peso ainda maior em Pokémon Scarlet. Uma pequena caminhada seguida de uma cena incrivelmente fofa com os três monstrinhos transforma uma simples escolha em um xeque-mate. Logo, pensamos: “porquê não posso ficar com os três?”
Com a “bênção” da mãe, uma mochilinha nas costas e um novo companheiro Pokémon, a sensação do frescor de uma nova jornada está estabelecida. É nesse momento que somos introduzidos à personagem Nemona, nossa futura colega de sala, de personalidade forte e que já carrega o título de Campeã da Liga Pokémon.
Acometida pela nostalgia e com a pré disposição mais acentuada dentre todos os outros personagens para batalhas, Nemona firma um pacto de evoluir um dos monstrinhos iniciais conjuntamente com o nosso personagem, iniciando uma rivalidade saudável e cheia de promessas. É impossível não se apaixonar pela personagem logo de cara.
Os tutoriais básicos de captura e batalha são feitos de praxe mas um dos recursos mais interessantes de Pokémon Scarlet ainda estaria por dar as caras. Há um choro distante, estrondoso, quase um rugido, que aguça a curiosidade de Nemona e puxa o nosso personagem para o primeiro objetivo concreto: conquistar a confiança de um estranho Pokémon de grandes proporções, arisco e injuriado.
Em linhas simples, a aparição de Koraidon é inicialmente inexplicável, mas a aparência lendária e a súbita confiança que por ele nos é depositada logo no começo já demonstra indícios do quão fundamental ele será para nossa jornada. Sendo incapaz de batalhar, sua função no momento se resume a ser uma majestosa e utilitária montaria, mas não apenas uma ferramenta, como eram as montarias em Legends Arceus. Koraidon é escrito para nos apegarmos à ele, como um fiel companheiro que exala emoções e muitas vezes serve como alívio cômico, no bom sentido.
Tão logo chegamos na Naranja Academy, somos recebidos por uma cerimônia de abertura com um discurso instigante do Diretor Clavell, incentivando os novos alunos a viajarem pelo mundo em busca de um “Tesouro” desconhecido, seja ele a busca por batalhas, a exploração de Paldea ou fazer grandes amizades. O discurso passa uma mensagem semelhante às últimas palavras de Gold D. Roger na primeira abertura de One Piece.
A história de Pokémon Scarlet, a partir desse momento, traz algumas interações responsáveis pela introdução das principais rotas de progressão da história, sendo elas:
Victory Road
É a campanha mais tradicional, que consiste em batalhar pelos oito ginásios espalhados por Paldea, a fim de recolher todas as insígnias e disputar o título de Campeão da Liga Pokémon. Entre um ginásio e outro, Nemona está sempre presente para testar as nossas habilidades.
Apesar de pautado na tradição, o conceito da Liga Pokémon é muito bem adaptado para promover uma sensação real de conquista. Em Pokémon Scarlet, os mestres de Ginásio não só estão ali para serem derrotados, mas desempenham um papel fundamental na trama, gerando uma profunda empatia através do espírito competitivo, além de disporem de planos de fundo (background) muito bem escritos.
Path of Legends
Responsável por trazer um dos personagens mais icônicos da franquia (na minha opinião), essa rota consiste em acompanharmos Arven, um dos alunos da Naranja Academy, que nos convida a participar de uma aventura épica em busca das Herba Mystica: plantas extremamente raras encontradas apenas na região de Paldea. O motivo da busca é claramente ocultado nessa análise para evitar spoilers, mas garantimos que a trama é emocionante a ponto de ser necessário separar uma caixinha de lenços para o final.
Starfall Street
Apesar de ser tratada com um caráter mais cômico esteticamente, essa rota traz um assunto extremamente sério e materializado em um grupo de delinquentes escolares, o Team Star. O objetivo da rota consiste em desbancar diversas bases da equipe pelo mapa, utilizando o novo recurso de Auto Battle (batalha automática) contra hordas de Pokémon.
Conforme avançamos nos objetivos, vamos descobrindo as origens e motivações dos líderes da organização, no maior estilo de “Prepare-se para a encrenca!”.
Rotina na Naranja Academy
Não demora muito para que a escola seja o maior ponto de refúgio do jogador. Além dos objetivos da exploração, nosso personagem possui um quarto designado especialmente para si na academia e deve manter as responsabilidades escolares em dia, mas isso de longe é entediante ou burocrático como parece.
Dentre as atividades a serem cumpridas a principal delas são as aulas. Como o próprio nome sugere, temos uma vasta opção de matérias a serem cursadas durante o ano letivo, disponíveis na recepção da academia.
Todos os professores e funcionários são extremamente carismáticos, e os diálogos são muito bem construídos. A sensação de voltar ao colégio para mim foi algo estarrecedor (no bom sentido).
As aulas são utilizadas como um recurso fenomenal para introduzir o jogador desde os conceitos básicos até os mais complexos acerca do universo Pokémon. Nelas aprendemos multiplicadores de dano, fraquezas e vantagens entre os tipos de Pokémon, peculiaridades, curiosidades, história e desenvolvimento de Paldea e até mesmo a como interpretar os sentimentos de cada monstrinho através de sua voz. Para reforçar os conhecimentos obtidos, cada matéria possui 2 provinhas aplicadas pelos professores para fixar os conceitos, com direito a brindes para quem passar de ano.
Um ponto extremamente gratificante de ser explorado na organização acadêmica é a presença de alguns objetivos secundários espalhados pela escola, fortalecendo ainda mais os laços entre o nosso personagem e a história de seus professores.
Análise Objetiva
Mundo aberto, viagem rápida e Multiplayer
O mundo aberto em Pokémon Scarlet ainda aponta diversos problemas técnicos, mas a quantidade de áreas exploráveis, cavernas e segredos espalhados pelo mapa são favoráveis para a experiência. Existe uma melhoria perceptível em comparação com as wild areas de Pokémon Sword & Shield. A naturalidade no surgimento dos Pokémon pelo mapa (spawn system) é algo extremamente bem feito e ocorre quase que instantaneamente.
Usar o recurso da viagem rápida em Pokémon Scarlet surpreende pelo desempenho levando em consideração o tamanho da região de Paldea. Tudo ocorre com tempos curtíssimos de carregamento.
O modo multiplayer traz uma espécie de alívio, pois não se restringe à atividades específicas como raids ou batalhas entre os treinadores, mas apresenta a possibilidade de explorar toda Paldea com até 3 amigos ao mesmo tempo. A exploração e capturas de pokémon pode ser feita separadamente, limitado o progresso de acordo com quem está liderando a sala. Nada muito grandioso, mas bem feito o suficiente para não se enquadrar dentro dos pontos negativos do jogo.
Poké Portals
Os Poké Portals são estruturas prévia e estrategicamente posicionadas por toda Paldea e que possibilitam a realização da viajem rápida pelo mapa. São compostas por um Pokémon Center, uma máquina de produção de TM’s e uma Poké Stop, que servem respectivamente para curar seus Pokémon e reestabelecer seus PP’s, fabricar novos movimentos para combate e comprar e vender insumos como Poké bolas, poções etc.
A novidade fica por conta da fabricação de novos TM’s, que agora depende de ingredientes que são obtidos ao batalhar com Pokémon selvagens. Quanto mais comum o ingrediente, consequentemente mais comum será o Pokémon fornecedor da matéria-prima e vice-versa.
Cutscenes
Uma das minhas maiores críticas com Pokémon é como em pleno 2022 (ano da tecnologia), a franquia ainda não tenha voice acting. Entretanto, a edição das cenas são tão bem feitas que a falta de voz se torna apenas um detalhe tolerável.
A título de curiosidade, existem alguns produtores de conteúdo que estão dublando cenas de Pokémon Scarlet & Violet e, mesmo com o amadorismo latente, existe um certo gancho que aponta para a possibilidade e a qualidade que cenas feitas com a atuação de voz passariam caso fossem feitas. Você pode conferir algumas delas aqui, mas cuidado com spoilers!
Existe também um caráter experimental presente em algumas cutscenes em que a responsabilidade de avançar os diálogos é retirada de quem está jogando. O formato anterior, para mim, muitas vezes acaba quebrando o ritmo de desenvolvimento da narrativa e a naturalidade da interpretação dos personagens durante a cena transmitida, mas é importante destacar que a questão da “novelização” depende pura e simplesmente do gosto do jogador.
Modo Terastal (Terastalizing)
Apesar de causar um certo estranhamento estético no início, após utilizarmos o recurso por algumas vezes somos totalmente arrebatados pela genialidade do Modo Terastal.
Ao contrário do Gigantamax em Pokémon Sword & Shield que era basicamente a transformação belíssima dos monstrinhos em gigantescos Kaiju (alguns com mudanças mais estéticas), o modo Terastal é responsável por trazer uma possibilidade tática que dificilmente será superada no futuro.
Podemos, com a sua funcionalidade, transformar nossos Pokémon momentaneamente não só nas suas características estéticas como também alterar o seu tipo no meio de uma batalha, que deverá ser previamente escolhido.
Imagine um cenário em que seu Pokémon de fogo, contra um de água, estrategicamente tem o seu tipo alterado para planta, quebrando a sua maior vulnerabilidade. A habilidade também funciona caso o treinador queira terastalizar o seu Pokémon para o mesmo tipo (ex.: fogo/fogo), intensificando ainda mais o poder de suas habilidades.
Todavia, não podemos utilizar o recurso arbitrariamente. É necessário atacar três vezes com o seu Pokémon para ativar o recurso. Entrar em um estado crítico de vida também desativa a função, que só poderá ser utilizada posteriormente se a recarregarmos em um dos Poké Portals espalhados pelo mapa.
Auto Battle
O grind (fortalecimento) em Pokémon sempre foi um assunto muito polêmico e difícil de ser tratado com os mais puristas da franquia, ou até mesmo com outros defensores de RPG’s clássicos. Anteriormente, só era possível aumentar a experiência do seu Pokémon se ele fosse o primeiro da sua party e completasse um ciclo inteiro de encontro de batalha, com animação de entrada, seleção de movimentos, zerando a vida do oponente e recebendo a experiência ao final do combate.
Em Pokémon Scarlet, temos finalmente a inserção do recurso da batalha automática. Basicamente, ao apertar o botão R o seu Pokémon seguirá na direção em que você está olhando até que ele se encontre com o Pokémon selvagem mais próximo.
Algumas questões como nível e tipo do Pokémon são levadas em consideração para definir o vencedor. Caso a comparação seja favorável, seu Pokémon derrotará automaticamente o oponente em poucos segundos recebendo a experiência, podendo ou não perder vida no processo. O modo auto battle continuará contra todos os Pokémon ao redor, até que seja interrompido manualmente ou no caso do seu monstrinho ser mais fraco que o outro Pokémon selvagem. Nessa hipótese, o confronto se resolve com a derrota e a perda considerável de vida do seu monstrinho, que retornará para você.
Raids
As raids são um evento incrementado em Sword & Shield que foi muito bem recebido pelo público. Nele, você deve engajar em um dos pontos cristalizados pelo mapa que guarda uma batalha contra um Pokémon misterioso, podendo ser disputada em até 4 jogadores.
Em Pokémon Scarlet tivemos alguns recursos estéticos e de jogabilidade incrementados no evento, com a possibilidade de utilizar buffs (melhorias) que afetam todos os participantes, como aumento de defesas, ataques e recuperação de vida.
Piquenique
Outra função maravilhosa é a possibilidade de realizar piqueniques nas áreas que estejam fora dos limites de cidades e cavernas de Paldea, sendo muito mais do que um evento cômico para você brincar com seus monstrinhos ou tirar fotos. Nele, você pode:
Dar banho nos seus Pokémon: É possível ensaboar e lavar seus Pokémon para retirar a poeira acumulada durante a aventura, aumentar a afinidade e melhorar o humor dos monstrinhos, mas é importante lembrar: alguns não gostam de água, de banhos em áreas específicas do corpo ou podem até mesmo gostar de ficar sujos!
Preparar sanduíches: Alimentar-se dos pratos de Paldea traz efeitos que tornam a atividade muito mais complexa do que aparenta. Seja através dos restaurantes ou dos lanches no piquenique, cada prato traz benefícios dos mais diferentes tipos possíveis, como aumentar habilidades de batalha, a possibilidade de encontros com Pokémon shiny e até mesmo estimular o aparecimento de ovos na cesta de piquenique. Quanto mais vantajosos os atributos, mais raros serão os itens para fazer o sanduíche.
Pontos negativos de Pokémon Scarlet
Problemas técnicos
Infelizmente, diversos problemas técnicos que assombram a franquia Pokémon ainda permanecem, dessa vez com a presença de alguns glitches (falhas), flickering e carregamento atrasado de texturas durante as batalhas no mundo aberto. Áreas com muita água e chuva sofrem com reduções drásticas na taxa de quadros por segundo.
Vale ressaltar que esses detalhes são situacionais e que, apesar de serem pontos negativos, nenhum deles impediu a progressão e muito menos quebrou o ritmo da jogatina no Switch durante as mais de 50 horas de jogo. Tomem cuidado com o sensacionalismo comparativo e com o compartilhamento de bugs críticos fora de contexto.
Velocidade de batalha e captura de Pokémon
Conseguinte, as batalhas por turno sofreram uma redução considerável de velocidade em comparação com Legends Arceus. Poder capturar os monstrinhos sem precisar batalhar também é considerado um retrocesso por vários jogadores.
Entretanto, apesar de terem sido lançados em períodos diferentes de 2022, os dois jogos foram produzidos ao mesmo tempo, o que significa que eventuais feedbacks positivos das mecânicas introduzidas em Legends Arceus só serão aplicados em um próximo título da franquia.
Localização em Português Brasileiro
Apesar de ser uma cultura de praxe da Nintendo, mas que aparenta estar mudando diante da sua atuação frequente no Brasil, com o lançamento de títulos mais simples em texto que dispõem desse recurso, a ausência de localização em Português Brasileiro é algo que atrapalha muito a experiência de quem não possui fluência na língua.
Conclusão
Estar com um pé atrás ao falar dos jogos de Pokémon é algo que se tornou muito comum, com enxurradas de críticas vindo inclusive de dentro do próprio fandom. Eu, inclusive, faço parte do grupo que não defende a maior parte das decisões criativas que vem sendo aplicadas nos últimos anos.
Porém, existe uma coisa que nunca irá mudar quando se trata de Pokémon: a cada novo anúncio, ressurge uma chama de esperança para que um bom trabalho seja feito.
Estar de peito aberto ao começar um jogo novo sempre traz um frio na barriga, podendo decepcionar de muitas formas diferentes, como na época em que joguei Sword & Shield em 2019. Felizmente, esse não foi o caso com Pokémon Scarlet.
A Game Freak continua reproduzindo muitas falhas técnicas nos seus jogos em 3D, mas há uma espécie de lugar seguro no mundo aberto de Paldea que te consome, prende no bom sentido e instiga a descobrir os segredos de cada canto desse continente misterioso. As interações com as outras pessoas e monstrinhos de bolso são genuínas, temos uma história maravilhosa e uma gameplay tradicional com alguns novos recursos que fazem de Pokémon Scarlet uma joia dentre os seus semelhantes.
Para quem estiver disposto a passar por cima dos problemas técnicos (não precisa ir muito longe para encontra alguns exemplos deles pela internet), o último título reserva uma aventura emocionante e digna de lágrimas para os mais sensíveis. A escolha criativa para dar andamento nos eventos de Pokémon Scarlet ao final da história também acrescenta muitas horas de jogo.
Como alguém que passou por todas as gerações, digo que Pokémon Scarlet se tornou o meu segundo título favorito da franquia, perdendo apenas para a 3ª geração, simplesmente por conta do fator nostalgia.
Para aqueles que decidirem se aventurar em Paldea, desejo uma boa caçada e que você encontre o seu tesouro, assim como eu o encontrei!
Commentaires