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Brasil Game Show 2025: Resident Evil Survival Unit foi uma das nossas maiores surpresas

Max, Kim e Alvarince no stand de Resident Evil Survival Unit na BGS 2025
Max, Kim e Alvarince no stand de Resident Evil Survival Unit na BGS 2025

Quando os trailers de Resident Evil Survival Unit saíram, não era incomum que as pessoas o tratassem apenas como um spin-off mobile sem muita inspiração. Todavia, durante o evento, não foi raro ouvir nas conversas da sala de imprensa vários de nossos colegas surpreendidos positivamente pelo jogo.


Atentos a esses comentadores, Max e Alvarince, que assinam esse texto, se empolgaram cada vez mais para o momento de testar o jogo. Quando a oportunidade chegou, ouvimos uma apresentação técnica e tivemos uma conversa com Chan Hyun Kim, produtor de Resident Evil Survival Unit e diretor de desenvolvimento de negócios da Joycity, desenvolvedora sul-coreana responsável pelo jogo. Entre muitas perguntas em um papo animado, Kim afirmou ter adorado a paixão que os fãs brasileiros demonstravam pelos projetos.


O jogo, em uma versão de testes, não apresentou nenhum bug ou dificuldade técnica. Com desempenho acima da média quando comparado com outros jogos mobile, RE: SU tem ótimos gráficos, gameplay constante e sem excesso de calor no celular utilizado. O jogo de câmeras lembra os clássicos da franquia como Resident Evil 1, 2 e 3, mas com um pouco mais de movimento, o que é bem vindo.


Os gráficos surpreendem por serem, com todas as limitações de um jogo para celular, próximos do visto nos RE 5 e 6. Os modelos, tanto de cenários quanto de personagens, são os mesmos vistos nos jogos mais recentes da franquia, sobretudo os remakes do 2, 3 e 4, com algumas mudanças no caso dos zumbis.


Quando perguntado sobre os gráficos, Kim confirmou que o objetivo do desenvolvimento era replicar a estética original de Resident Evil, mas com as novidades das mídias mais atuais da franquia.


Cheios de curiosidade, fizemos muitas perguntas ousadas sobre o futuro do jogo. Afinal, com a surpresa positiva, surgem dúvidas sobre o que esperar em futuras atualizações. Alvarince perguntou sobre a possibilidade de jogar com vilões, enquanto Max indagou sobre os próximos mapas adicionados (como a residência da família Baker em Resident Evil 7). De forma carismática, Kim confirmou estar animado e revelou que existem planos traçados para o futuro, sem descartar as possibilidades questionadas, e que o público deve se preparar para certas surpresas. O produtor também ressaltou a vontade de Shinji Hashimoto, produtor executivo do jogo, em tornar esse jogo um “All-Star Game” da série Resident Evil. Ansiosos?


Alvarince jogando Resident Evil Survival Unit
Alvarince jogando Resident Evil Survival Unit

Quando perguntado sobre eventuais maneiras que as relações dos personagens afetam a história e se Resident Evil Survival Unit se encaixava no cânone da série, Kim mencionou de exemplos a forma como o jogo brinca com as convenções de Resident Evil e a presença de Marvin, o policial de Raccoon City que morre no começo de Resident Evil 2. No jogo novo da Joycity, é possível salvar Marvin e escapar da cidade com ele, representando a ideia de modificar a história com suas ações dentro do jogo.


Kim também nos deu alguns insights quanto a relação entre a Joycity e a Capcom, afirmando que foi um conjunto de fatores, especialmente uma conexão com Shinji Hashimoto, que os auxiliou no desenvolvimento através de uma história curiosa:

Quando estava para se aposentar, Hashimoto passou por várias das empresas que tinha boas relações para se despedir. Ao chegar na Capcom e ser convencido pelos executivos da empresa de que ele ainda tinha muito a oferecer para a indústria de jogos, pediu uma IP para desenvolver algo ao redor, recebendo Resident Evil pelo seu desejo de voltar ao gênero survival horror depois de seu trabalho na série Parasite Eve. Com algumas conversas com pessoas que trabalham na Sony, recomendaram a Joycity e o casamento deu certo!


Enquanto Hashimoto queria produzir um jogo sobre exploração espacial em Marte ou um jogo de apocalipse zumbi, a Joycity havia trabalhado com a Disney em um jogo de estratégia de Piratas do Caribe, o que foi vital para que os laços se estreitassem, considerando que o lendário produtor também é cocriador da série Kingdom Hearts.


Essa história é curiosa pois, de acordo com Kim, a única condição para que o protótipo apresentado para a Capcom seguisse adiante seria a introdução de algum tipo de inovação nos padrões de Resident Evil. Podemos verificar sim que existem muitas novidades e características únicas desse jogo com relação à série original.


Alvarince também quis saber sobre a possibilidade de Survival Unit dar as caras em plataformas portáteis como o Switch. Kim respondeu que no momento não existem planos específicos para ports, já que o foco principal seria no mobile. Quanto a controles sem fio, Kim afirmou que muitas pessoas requisitaram o suporte durante a feira e isso será um dos feedbacks que viajará até a Coreia com ele. Fiquem atentos!


Por fim, para que a entrevista terminasse num ponto mais descontraído, perguntamos qual seria o monstro preferido de Chan Hyun Kim dentro da franquia Resident Evil. Sua resposta surpreendeu: qualquer monstro de Resident Evil: Code Veronica! A conversa evoluiu para terminar numa troca sobre o temível Mr. X em um jogo de luta.


Se nos perguntassem antes da feira nossas opiniões sobre Survival Unit, provavelmente nossa resposta seria: “Resident Evil se encaminha para um novo lançamento da série principal, quem é que liga para o spin-off mobile?”. Porém, não nos atentávamos nem ao peso do nome de Hashimoto e muito menos ao fato deste ser o primeiro spin-off feito por uma empresa que não fosse a Capcom ou alguma subsidiária.


Agora, não temos nenhuma ressalva quanto a Survival Unit. Desejamos esse jogo, torcemos para o sucesso e, como bons fãs da franquia quintessencial de survival horror, estaremos lá no primeiro dia prontinhos para testar. Afinal, a primeira impressão é a que fica, e foi uma ótima primeira impressão.



Entrevista realizada e redigida por Max Fernandes e Guilherme Alvarince e editado por Júlia F. Cândida.



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