Florence é um jogo lançado em 2018 com uma temática muito atual. Aos 25 anos, ela está sempre cansada, com uma rotina monótona de trabalho, sono e redes sociais, ela se sente presa e seus dias são todos iguais. Conversando com amigos nessa faixa de idade (dos 20 aos 30 anos) é cada vez mais comum esse sentimento. Em sua maioria, não conseguir trabalhar com o que gosta, não ter tempo para hobbies, não conseguir sair das redes sociais (ou utilizar de forma saudável). Boa parte dos jovens adultos vão se identificar com boa parte do jogo ou, pelo menos, alguma cena.
Apesar do título do jogo ser Florence, a desenvolvedora Mountain Studios gosta de se referir a ele como “uma história de amor interativa”. Com uma arte muito amável, uma trilha sonora e história incríveis, ainda que não tenha o final que a maioria espera, ainda é lindo e muito reflexivo. É um jogo muito curtinho que eu me apaixonei, terminei com uma surpresa e um sorriso no rosto.
Nossa querida personagem está prestes a embarcar na sua primeira história de amor, que acompanhamos por meio de pequenos quebra-cabeças. Arrastando a tela ou encaixando balões, é dessa forma que vamos observar as interações de diálogo no jogo.
Uma observação muito interessante que um amigo meu fez é que nos diálogos do primeiro encontro da Florence com Krish as formas do quebra-cabeça estão em formatos estranhos, como se revelasse a estranheza e vergonha do primeiro encontro, de conversar. Conforme eles vão se acostumando, as formas do quebra-cabeça vão se tornando menores e fáceis, porque se torna cada vez mais fácil conversar com a pessoa a medida que o relacionamento vai avançando. Eu não tinha percebido e achei muito interessante essa ideia.
Se você está procurando um jogo sério e complicado, Florence não é pra você, mas se você procura um jogo tranquilo para tomar ali uma horinha do seu dia com uma história cativante e simples (porém muito profunda), eu não posso deixar de te recomendar. Tem um comentário muito bom na Steam que eu concordo totalmente “espero que Florence inspire mais jogos nesse estilo, que capture pouco tempo da sua vida e transforme numa aventura intrínseca que você nunca vai esquecer”.
Caso ainda não tenha dado para notar, eu amei o jogo. Ele faz a gente pensar nas nossas relações e experiências, mesmo que não tenha nada realmente novo em relação à narrativa. Ele é capaz de criar um senso de pertencimento a história que muitos filmes e romances não conseguem. Recomendo para qualquer pessoa que queira um quentinho a mais no coração!
Texto editado e revisado por Maya Souza (@ShinMayanese).
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