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Brasil Game Show 2025: Entrevista com Joeveno, desenvolvedor de Aviãozinho do Tráfico 3!

Guilherme Alvarince, Joeveno e Max Fernandes, respectivamente, em frente ao estande de Aviãozinho do Tráfico 3.
Guilherme Alvarince, Joeveno e Max Fernandes, respectivamente, em frente ao estande de Aviãozinho do Tráfico 3.

Circular pela Brasil Game Show é, sem dúvidas, uma excelente chance de conhecer e experienciar jogos incríveis e de todos os tipos. Um dos destaques da área indie com um grande fluxo de pessoas foi o Aviãozinho do Tráfico 3: Abri um Portal Pro Inferno na Favela Tentando Reviver o Mit Aia e Preciso Fechar, um boomer shooter desenvolvido na mesma engine de Quake, mas fortemente baseado na cultura brasileira, sobretudo do Rio de Janeiro.


Além de ser um jogo que prende a atenção, Aviãozinho do Tráfico 3 diverte pelas infinitas referências nacionais, como o grande time de futebol Flaflamenco, o aviãozinho de dinheiro elétrico, o refrigerante Golly, entre várias outras.


Outro ponto positivo do jogo é a facilidade em jogar em qualquer máquina. O desenvolvedor do jogo, Jeoveno, fez questão de levar um laptop antigo e de baixíssima performance para o evento, com o jogo funcionando perfeitamente. Foi feito, inclusive, um port para o R36s, um portátil chinês com apenas 1 GB de RAM, que será sorteado ao final do evento.


Confira a entrevista com Jeoveno, idealizador e responsável pelo desenvolvimento do jogo:


"aviãozinho do tráfico 3: abri um portal pro inferno na favela tentando reviver o mit aia e preciso fechar", Por que? de onde veio essa ideia?

Bom, eu cheguei três horas da manhã pra minha mulher e falei “amor, vou criar um jogo chamado Aviãozinho do Tráfico 3: Abri um Portal Pro Inferno na Favela Tentando Reviver o Mit Aia e Preciso Fechar” e eu comecei a criar. Eu tava jogando muito Quake dias antes, e pensei “pô, Quake é um jogo muito fácil de modificar e criar jogos nele”, daí eu comecei a mexer nele, criei o primeiro mapa do jogo, e fui começando a fazer. Depois eu postei no Twitter/X, “olha, galera, eu criei essa porra aqui” e do nada bombou, peguei 1 milhão na plataforma.


Eu nem ia lançar como um jogo comercial, mas ficaram me enchendo o saco e pediram pra eu fazer uma vaquinha. No mesmo dia eu estava com o dinheiro da Steam Direct, o criador do Ultrakill jogou e estourou o jogo.

 

O nome do jogo é um pouco diferente, digamos assim. como é essa resistência que você está enfrentando com relação ao nome? no seu estande aqui o nome não veio completo...

Nota: No estande e no merchandising disponível na feira, Joeveno trocou o nome para “Aviãozinho 3: Abri um Portal Pro Inferno na Favela Tentando Reviver o Mit Aia e Preciso Fechar” buscando evitar conflitos com alusão ao tráfico de drogas.


É uma coisa que eu já esperava. O nome do jogo é muito tabu, é meio pesado mesmo. Eu acho compreensível, no caso daqui é uma questão meio jurídica do evento. Nem sou eu que ia me ferrar, os caras do evento é que iam acabar se ferrando, então eu entendo totalmente essa situação, mas claro, a questão do nome tem gente que estranha, acha que o jogo vai ser ruim por causa do nome ou coisa do tipo. Eu tô acostumado, pelo menos o pessoal tá jogando, e quando o pessoal joga, a galera se diverte, porque eu fiz questão de que fosse um jogo divertido de jogar.


Max jogando Aviãozinho do Tráfico 3 ao lado de Joeveno
Max jogando Aviãozinho do Tráfico 3 ao lado de Joeveno
Além do "mit aia", quais foram as suas inspirações para fazer o jogo?

Nota: "Mit Aia" se trata de um anagrama para Tim Maia.

 

Acho que a maior inspiração são os mods brasileiros, de longe, tipo Grand Theft Auto: Rio de Janeiro. Counter Strike Rio é a inspiração master visualmente. Cruelty Squad, Ultrakill e muitos boomer shooters como Doom, Quake, Duke Nukem. O personagem principal é inspirado no Duke Nukem, usa óculos por ele. É essa mistura, essa mistureba de várias ideias, várias inspirações e várias vivências que eu tenho com os games tanto no meu país quanto no que vem de fora.

 

em relação ao público, como é essa ajuda que as pessoas tem te dado pra fazer o aviãozinho chegar onde ele chegou e alcançar outros níveis de sucesso?

 

Sem o público, esse jogo não ia dar certo, porque desde o início esse projeto se tornou algo muito maior por causa da ajuda do pessoal, e vai muito além da divulgação porque eu lembro que, no começo do projeto, eu estava postando as fases no Twitter/X . O pessoal dava ideias e eu pegava sugestões da galera, entendeu?


A comunidade é essencial em todos os aspectos, de cima abaixo no funil do jogo. Eu sou extremamente grato, se não fosse o pessoal eu não ia estar onde eu estou. Quando eu estava fazendo esse jogo eu estava na merda, muita dificuldade com dinheiro. Hoje eu tenho uma vida mais estável, e se não fosse a comunidade divulgar e ter todo esse amor pelo meu projeto, eu nem sei onde eu ia estar na minha vida agora porque eu tava num momento muito complicado quando comecei a desenvolver esse jogo.


COM SUA EXPERIÊNCIA EM ABRIR UM PORTAL PARA O INFERNO PARA REVIVER O MIT AIA, VOCÊ TAMBÉM ABRIRIA UM PARA REVIVER O SAUL REIXAS?

 

Talvez o Saul Reixas, com certeza, gosto muito das músicas dele. Aquela “20.000 anos atrás” é muito boa, cara. Eu reviveria. Também reviveria o Romário Americano, entendeu?

 

e O CELBHIOR? EU TRARIA O BATOSAGE!

 

Talvez, eu gosto muito dos sons dele do Celbhior também. Batosage é uma boa também!



Entrevista realizada e redigida por Guilherme Alvarince e Max Fernandes, editado por Maya Souza.



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