Doom na Air Fryer e Bethesda no Brasil: Entrevistamos Marcos Bononi — Entrevista
- Redação
- há 5 dias
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Durante a gamescom latam de 2025, pudemos conversar com Marcos Bononi, gerente de produtos, marketing e vendas da Bethesda Softworks. Max e Victor realizaram uma série de atividades, desde lançamento de discos e uma foto com o escudo do Doom Slayer até uma máquina de garra que gerou uma grande humilhação para Max quando Victor conseguiu e ele não.
Embora a ausência de uma build de Doom: The Dark Ages tenha sido sentida, ainda fora uma ótima experiência para a comunidade de fãs da Bethesda por conta da proximidade com o público, e grande parte disso se dá a atuação de Bononi, como pode-se ver no nosso rápido papo.
Max: Marcos, essa é a primeira vez que a Bethesda está na gamescom e a gente tem toda uma “colaboração” dos estandes com os do Xbox. Tem Indiana Jones para a gente jogar, tem Doom Eternal, tem The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, mas queríamos saber algo muito específico: agora que a Bethesda está trabalhando com o público brasileiro, quais são as prospecções de vocês para nos impactar?
Marcos: Bom, em primeiro lugar, temos uma perspectiva muito positiva para a comunidade. Eu sou responsável pela América Latina e o Brasil é um dos países mais importantes para a região. O que a gente quer é estar próximo da comunidade, há grandes planos da Bethesda de estar próximo de todo mundo.
Esse aqui é o primeiro evento que a Bethesda participa diretamente com estande, e um exemplo disso é o Oblivion Remastered que você citou estar com legenda em português. É o primeiro jogo da franquia TES a ter legenda em português. A gente tem um time que está muito próximo de comunidade e faz a gestão delas com várias marcas e esse trabalho aqui de estande e de experiência de público corrobora com isso, então a gente está muito feliz de estar próximo ao público.
Por isso que a Bethesda resolveu estar presente nesse evento, para deixar o consumidor mais próximo das nossas marcas, seja com atividades, seja testando jogos diferentes que temos aqui.
SEGREDOS DE ESTADO E SHADOWDROPS

Max: E, por falar no estande, ele está realmente bonito e chamativo. Está funcionando nesse sentido (de atrair o público da Bethesda). Reparamos muito no Oblivion, com vários consoles para jogarmos. Foi um lançamento que estava guardado a sete chaves para todo mundo.
Havia um ou outro rumor em um ou outro lugar, mas ninguém sabia, não houve trailers, não apareceu em E3 – até porque nem tem mais E3 risos. E o que chama a atenção por conta disso é o fato de que o jogo já está há duas semanas no mercado sem que ninguém soubesse e tem um painel gigante do TES aqui.
Como é que foi guardar esse segredo com tanta gente envolvida, afinal, é um jogo grande, além disso, como as pessoas sabiam que haveria TES, mas não sabiam que Oblivion Remastered existia, teve gente perguntando para vocês se era o VI ou não?
Marcos: É muito desafiador você trabalhar com jogos que chamamos de shadowdrop, que são lançamentos que você não faz nenhum tipo de marketing, você simplesmente lança no mercado. Tem algumas franquias que permitem que você faça isso e tenha sucesso, e TES é uma franquia muito forte. Oblivion é um jogo que marcou uma geração, e o que se fala bastante (dessa nova versão) é que parece muito um remake. Isso não sou eu falando, são os comentários que você lê.
A gente escutou bastante especulação em social (media) de que poderia ser um próximo TES, o TES VI, que também é bastante aguardado, mas o Oblivion Remastered entregou muito bem, a gente tem mais de quatro milhões de jogadores ao redor do mundo. A experiência que a gente trouxe para cá pensamos que foi legal por deixar o público que as vezes não conhece e não teve a oportunidade de jogar um jogo de 2006 totalmente remasterizado para uma engine nova, a Unreal Engine 5.
O estúdio trabalhou arduamente para entregar um produto legal e acho que os resultados estão vindo. Foi muito legal ter essa experiência aqui com pessoas que nunca jogaram e pessoas que já jogaram e que vieram aqui só para jogar o Oblivion Remastered no evento. Então é mais um presente que a Bethesda conseguiu dar para seus consumidores.
Max: foi incrível, realmente. Eu não consigo pensar em como aguentar e não mostrar para ninguém porque eu sou boca aberta risos.
DIABOS FAVORITOS E INFERNO DE VAPOR

Max: Qual é o seu demônio preferido e qual versão dele, Doom, Doom 3 ou Doom 2016?
Marcos: Bom, pra mim, falar sobre Doom é entregar minha idade. O primeiro eu joguei em 1993. Eu sou dessa geração e tenho um carinho absurdo por esse jogo. O meu favorito inclusive é o que eu estou na camiseta, que é o Cacodemon, então assim, para mim, isso marcou muito. Eu gosto de falar das armas de Doom, a BFG, por exemplo, e eu estou muito animado para jogar o Dark Ages no lançamento em 15 de maio.
Max: Ok, agora, só uma extra para finalizar: vocês diriam que o Doom está na Seara para esquentar igual o inferno?
Marcos: (risos) Que pergunta, cara! Pode ser, eu não tinha pensado por esse lado!
Max: Foram vocês que colocaram lá?
Marcos: A gente fez uma parceria. A ideia foi da Seara, existe um contato entre as empresas. Doom é um jogo open source, o clássico Chocolate Doom, e foi autorizado para que eles utilizassem essa versão open source. A Seara quer estar mais próxima do público gamer com a linha deles de produtos na Air Fryer e calhou muito bem, a gente está num momento bom de falar de Doom, como vocês podem ver aqui.
Temos Doom na Nvidia também, eles fizeram uma placa especial para o lançamento do Dark Ages que está legal também, recomendo que vocês vejam, e calhou de ser muito bom, eles estão muito animados com Doom e, se vocês não jogaram ainda na Air Fryer, vale a pena, vão lá testar.
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